Era uma época de medo em Barcelos... A população andava assustada devido a uns crimes que ainda não haviam sido resolvidos nem o seu criminoso capturado. 

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Decorria o Séc. XVI. Em data incerta, neste ano, partia de Lisboa uma armada constituída por 13 navios liderados por Pedro Álvares Cabral que viria a descobrir o Brasil. Em 1503 Leonardo da Vinci dava início à sua obra-prima - A Mona Lisa, que seria concluída 4 anos depois. Em cerca de 1524, um dia antes do Natal, morre Vasco da Gama na Índia, um grande navegador Português.

 

E foi durante esta fervilhosa época que surgiu na aldeia um Galego suspeito, e sem qualquer ligação à terra, a população, assustada, não perdeu tempo em acusá-lo dos crimes dos últimos tempos sem se preocupar se podia ou não ser inocente. Como as autoridades acharam que era ele o derradeiro culpado prenderam-no sem perder mais tempo.

 

No meio de toda a azáfama o Galego acabou mesmo por ser condenado à forca por estar no sítio errado, à hora errada e sem possibilidade de provar a sua inocência. 

No entanto o Galego, como última vontade, pediu que fosse levado ao juiz que o condenou, e assim foi.

O Galego foi levado a casa do juiz que nesse momento se banquetava com os amigos e foi neste preciso momento em casa do juíz que que deu início à lenda do GdB...

 

Agemado e aprisionado perante o juiz que o havia condenado, tentando provar a sua própria inocência, o Galego vaticinou um acontecimento que viria a deixar perplexa uma população inteira.

 

No centro da mesa do banquete que o juiz havia organizado havia um galo assado pronto para ser comido e que o Galego tinha reparado, foi nesse momento que ele disse:

- É tão certo eu estar inocente como certo esse galo cantar quando me enforcarem.

Obviamente todos se riram mas decidiram não comer o galo e quando chegou a altura de enforcarem o Galego reza a lenda que o galo cantou na casa do juiz.

 

Afinal estava inocente. Num ápice o juiz saiu de casa a correr, dirigiu-se ao local onde o Galego estava para ser enforcado e impediu o seu enforcamento.

 

Passados alguns anos o Galego voltou à aldeia de Barcelos e mandou construir um monumento em louvor à Virgem e S. Tiago para lhes mostrar o seu reconhecimento.